Novo estudo aponta o Esgotamento Silencioso da Liderança
- clarissaliguori
- 3 de nov.
- 3 min de leitura
Trazemos um resumo dos dados mais relevantes da 7ª Edição da Pesquisa Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho, realizada pela The School of Life e Robert Half. O estudo mapeia os desafios da saúde mental de líderes e liderados no Brasil e reforça a urgência de transformar o cuidado emocional em um pilar estratégico nas empresas.
Os dados revelam uma contradição preocupante e um aumento no sofrimento que atinge o topo da pirâmide corporativa:
🚨 O Esgotamento Sobe a Pirâmide
O diagnóstico de sofrimento emocional cresceu de forma expressiva na liderança:
27% dos líderes e 26% dos liderados receberam diagnóstico de estresse, ansiedade ou burnout nos últimos 12 meses.
O percentual de líderes com diagnóstico cresceu em relação às edições anteriores, indicando um esgotamento emocional crescente no topo da hierarquia.
A pressão por resultados, o isolamento do cargo e a expectativa de "força constante" fazem com que muitos líderes enfrentem suas batalhas em silêncio.

🤫 O Preço do Silêncio e a Fragilidade do Apoio
A falta de segurança psicológica no ambiente de trabalho é um fator crítico:
63% dos líderes e 41% dos liderados que receberam diagnóstico não informaram sua liderança direta.
Quanto mais alto o cargo, maior o silêncio : o isolamento emocional é mais intenso na liderança, com 73% dos líderes não se sentindo à vontade para informar sobre o uso de medicação psicofarmacológica, contra 33% dos liderados.
O acolhimento efetivo é raro: apenas 7% dos líderes e 20% dos liderados relataram que suas lideranças foram acolhedoras e ofereceram apoio prático.
💊 Medicalização em Ascensão
O uso de medicamentos psicofarmacológicos para lidar com estresse, ansiedade ou burnout disparou:
52% dos líderes e 59% dos liderados declaram usar medicação psicofarmacológica.
Esse percentual quase triplicou em relação à edição anterior do estudo.
O aumento abrupto sugere que o ambiente de trabalho tem adoecido as pessoas e que as soluções precisam ir além da medicalização, exigindo mudanças na cultura e no modelo de gestão.
🗣️ O Desencontro entre Discurso e Prática
As empresas têm falhado em traduzir o discurso de valorização da saúde mental em ações concretas e culturais:
56% dos líderes dizem que a empresa incentiva o acolhimento de temas emocionais.
No entanto, 55% deles afirmam não se sentir valorizados ao falar sobre saúde mental na mesma companhia.
29% dos líderes dizem não se sentir preparados para acolher ou direcionar questões de saúde mental na equipe.
Em relação aos riscos psicossociais e a NR-1, apenas 33% dos líderes e 22% dos liderados afirmam que suas empresas aplicam estratégias preventivas na prática.
🛑 Fatores Externos de Pressão
Fatores externos também invadem o ambiente de trabalho e afetam a saúde mental:
As dificuldades financeiras (57% dos líderes e 64% dos liderados) e os conflitos familiares ou pessoais (40% e 41%) são apontados como os fatores externos que mais afetam negativamente a saúde mental.
A pesquisa é um alerta vermelho: a saúde mental no trabalho exige ações estruturais, apoio real e líderes preparados para equilibrar performance e cuidado.
Para ler a pesquisa na íntegra e ter acesso a todos os detalhes, acesse a página da The School of Life.
Se você busca trabalhar com evidências concretas de prevenção e implementar uma cultura de bem-estar entre em contato conosco através de nosso Whatzapp




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