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Walk the talk?Os líderes têm indicadores preocupantes de fadiga, estresse e dificuldade para dormir

Um dos papéis mais cruciais da liderança é ser um agente de transformação organizacional, sendo os líderes responsáveis por impulsionar e garantir o sucesso das mudanças desejadas. Para alcançar esse objetivo, é fundamental que eles desempenhem funções essenciais de comunicação, motivação e reconhecimento. Na implementação de programas corporativos de bem-estar, o papel do líder não difere em sua relevância. Embora a área de recursos humanos seja o ponto focal para tais iniciativas, a verdadeira transformação só ocorre quando essa agenda está incorporada e priorizada em todas as áreas da empresa.


No entanto, na prática, observamos que a maioria dos líderes não está preparada para assumir esse papel. Seja por desinteresse no tema, falta de capacitação ou até mesmo receio de expor suas fragilidades, a liderança muitas vezes falha em influenciar positivamente o bem-estar e a qualidade de vida no trabalho. Os gestores são considerados modelos para suas equipes, o que torna essa questão ainda mais preocupante.


Uma análise epidemiológica interna conduzida pela Pausa Ativa Ocupacional, com 50 líderes de diferentes empresas, revelou indicadores alarmantes sobre o bem-estar desses profissionais. Mais de 70% deles relatam sentir algum tipo de dor relacionada ao trabalho, 26% afirmam estar bastante estressados, 67% demoram mais de 15 minutos para dormir e 31% relatam ter má qualidade de sono. O indicador mais preocupante é a fadiga, afetando 63% dos líderes, que se sentem esgotados após o término do expediente, sem motivação para atividades de lazer ou qualquer outra atividade fora do trabalho, o que dificulta o equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal.





A natureza exigente de suas responsabilidades frequentemente resulta em longas horas de trabalho, prazos apertados e a necessidade de tomar decisões difíceis com frequência, o que contribui para esse panorama preocupante.

E quanto à questão "walk the talk" (realizar aquilo que acredito), tão valorizada no ambiente corporativo?


Frente a essa realidade, é fundamental priorizar iniciativas para apoiar os líderes. Oferecer ferramentas e suporte às lideranças para que incorporem o autocuidado e estabeleçam um potencial alavancador é uma abordagem necessária. Treinamentos e desenvolvimento de rotinas podem ser um bom ponto de partida.


No entanto, todo esse esforço será em vão se o compromisso com as pessoas não for considerado tão importante quanto o resultado financeiro do negócio. Promover um clima organizacional saudável deve estar entre as principais metas da empresa, sendo acompanhado por métricas claras para que se torne parte da rotina empresarial. Promover palestras de sensibilização, garantir um espaço seguro para trocas dentro da equipe, estimular pausas ativas, alimentação adequada e a gestão do tempo para desligamento do trabalho no horário previsto, tudo isso contribui para uma equipe mais motivada e produtiva.


A liderança tem o poder de ser o ponto de partida para uma verdadeira transformação organizacional , garantindo um ambiente mais saudável, engajado e eficiente para todos os colaboradores

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