Foi publicado um artigo de opinião no Journal of Rehabilitation Medicine em 2023, sobre um estudo interessante publicado na Cochrane People, Health Systems and Public Health Thematic Group que revisou a literatura e analisou se intervenções baseadas em estratégias fora do local de trabalho impactava positivamente na redução do sedentarismo, dado que, como passarmos a maior parte do tempo trabalhando sentado (+70% do tempo), nós tendemos a também passar a maior parte do nosso período de folga em comportamento sedentário, por diversos fatores, que vão de cultural, ambiental, comportamental e fisiológico.
Ao analisar os estudos com rigor eles concluíram que :
"As intervenções fora do local de trabalho para reduzir o comportamento sedentário provavelmente levam a pouca ou nenhuma diferença no tempo sedentário medido pelo dispositivo a curto prazo, e não temos certeza se reduzem o tempo sedentário medido pelo dispositivo a médio prazo. Não temos certeza se as intervenções fora do local de trabalho reduzem o tempo sentado auto-relatado a curto prazo"
Ou seja, aparentemente estão investindo MILHÕES em uma estratégia que não respaldo científico significativo algum. E, se puxarmos os números das empresas e ver a adesão aos benefícios de exercícios e atividade física tradicionais, baseados na prática fora do local de trabalho e promoção de movimento exclusivamente na folga, dá para inferir que o estudo está no caminho certo.
Motivo: Quem comanda e investe nas ações de gestão do sedentarismo não área de movimento e não ouvem os especialistas em movimento.
Resultado: 70% da força de trabalho está sedentária e insuficientemente ativa, a média de tempo sentado diária supera 70% do dia, 99% das pessoas preferem usar elevador, escadas rolantes e ligar para delivery a se movimentar e os indicadores de doenças e afastamentos por doenças musculoesqueléticas, mentais e por doenças crônicas só aumentam, gerando enormes prejuízos à empresas e operadoras se saúde.
Lugar de promoção de atividade física e gestão do sedentarismo é dentro da rotina. É mais barato, com maior força de extrapolação e transferência do hábito para os momentos de folga e muito mais eficaz.
Fica a reflexão!!
Sentar é o Novo Fumar
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