Um novo trabalho de revisão , publicado em Janeiro na Occupational Medicine Journal nos aponta como a ciência está vendo essa transição nas formas de trabalhos, seus impactos positivos e negativos e sugestões riquíssimas para potencializar as escolhas.

Olhem o que eles apontam sobre movimento:
Diagnóstico:
1- Descobriu-se que aqueles que trabalham em casa gastam significativamente menos tempo praticando atividade física em comparação com aqueles que trabalhavam presencial.
2- O comportamento sedentário ininterrupto foi relatado naqueles que trabalham em casa em comparação com aqueles que não trabalham em casa.
3- Que tanto o trabalho remoto como estar sem emprego estavam associados a um maior tempo gasto em comportamento sedentário em comparação com aqueles que não mudaram a situação profissional durante a pandemia do COVID.
4- A frequência de atividade física programada não foi impactada positiva ou negativamente pelo trabalho em casa, mas o sedentarismo ocupacional aumentou.
Recomendação:
1- Empregadores e empregados devem reconhecer que é necessário fazer pausas regulares no trabalho, aliado a postos de trabalho ergonômicos e, que isso tem o potencial de resultar na redução de problemas de saúde física.
2- Garantir que os funcionários façam pausas é mais difícil quando trabalham no regime remoto ou em espaço isolado.
3- Os empregadores devem ser proativos no envio de lembretes regulares (por exemplo, através de e-mails, boletins informativos para funcionários, conversas informais com gestores) para que os funcionários façam pausas regulares.
4- Os gestores devem fornecer informações que justifiquem a necessidade das pausas e devem descrever os benefícios de fazer pausas regulares aos funcionários.
Estas recomendações são apoiadas por literatura adicional que sugere que os empregadores podem não perceber de que nem todos os trabalhadores têm acesso a ambientes de trabalho no domicílio adequados.
A implantação do Home Office por pressão, porque está na moda ou por narrativa, sem treinamentos e organização baseada em evidências é o que faz uma boa estratégia perder força e evoluções necessárias serem adiadas.
Apoiamos e defendemos de forma enfática o regime remoto e híbrido, contanto que venha com uma ação de implementação, treinamento e gestão bem elaborados, que foquem no trabalhador e na sua rotina.
Sem gestão sólida e baseada em ciência, corremos o risco de retornarmos ao regime 100% presencial por culpa da má gestão do tempo sentado.
E este movimento de retorno já está começando a acontecer, INFELIZMENTE!
fonte: Hall et al, 2024
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