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Entendendo Ergonomia cognitiva - tão importante para a adequação a NR01.

Alô, amigo da Pausa Ativa! O que você pensa quando falamos de Ergonomia? Postura, LER (Lesões por Esforço Repetitivo), protocolos de segurança? A ergonomia é um campo que busca melhorar a relação entre o ser humano e o trabalho, indo muito além dos aspectos físicos.


Após a automatização da maioria dos processos e operações em diferentes modelos de trabalho, os ergonomistas têm ganhado cada vez mais responsabilidade, focando em questões fisiológicas e principalmente psicossociais. Vamos explorar um pouco mais sobre isso…


Existem três áreas de atuação em ergonomia: Cognitiva, Física e Organizacional. Vamos começar entendendo o papel da ergonomia cognitiva. Com a revisão da NR 01, que ocorreu em julho deste ano, as empresas deverão intensificar ações relacionadas aos riscos psicossociais para se adequar à nova regulamentação.


Ergonomia estuda muito além de dores por repetições ou ajusta posições cognitiva, organizacional e física
Ergonomia cognitiva, organizacional e física

  1. Ergonomia Cognitiva: Responsável pela gestão de fatores que podem afetar a saúde mental dos trabalhadores, como estresse, assédio moral e pressões psicológicas no ambiente de trabalho.


    • Objeto de Estudo: Aspectos mentais e emocionais do trabalhador.

    • Avaliações: Como o trabalho afeta a concentração, memória, inteligência emocional e raciocínio lógico.

    • Exemplos: Redução de fatores estressores no ambiente de trabalho, diminuição da fadiga mental, melhor relacionamento entre colegas e líderes, atividades que promovem o equilíbrio emocional.

    • Benefícios: Menos estresse, melhor desempenho mental e satisfação.

Como aplicar a Ergonomia Cognitiva?

  • Análise de tarefas: Identificar as demandas cognitivas de cada tarefa

  • Design de interfaces: Criar interfaces claras e intuitivas.

  • Treinamento: Desenvolver programas de treinamento eficazes.

  • Organização do trabalho: Otimizar a organização do trabalho para reduzir a carga cognitiva.


2. Ergonomia Física: Foca em aspectos orgânicos, biológicos e mecânicos, adaptando os postos de trabalho.


    • Objeto de Estudo: Aspectos como fisiologia, anatomia e biomecânica.

    • Avaliações: Como o trabalho afeta a musculatura, articulações, postura e movimentos do corpo.

    • Exemplos: Avaliação da cadeira para garantir uma postura adequada, análise da vibração de instrumentos, orientação sobre levantamento e manipulação de objetos.

    • Benefícios: Preservação da saúde física e prevenção de lesões.


    3. Ergonomia Organizacional: Avalia a interação entre o homem, instrumentos e a organização.


    • Objeto de Estudo: Processos, métodos, sistemas e como isso afeta a relação de trabalho.

    • Avaliações: Cultura organizacional, políticas, processos, liderança, modelo de gestão e clima.

    • Exemplos: Análise da cultura da empresa, avaliação das políticas internas, identificação de práticas de liderança eficazes.

    • Benefícios: Melhoria na relação do homem com seu trabalho, ambiente mais saudável e produtivo.


A ergonomia física cuida do corpo, a cognitiva cuida da mente e a organizacional cuida do contexto em que trabalhamos. Ter especialistas nessas áreas é fundamental para garantir o bem-estar dos funcionários e a eficiência das empresas.


Nós somos apaixonados pelo trabalho dos ergonomistas! Não à toa, estaremos presentes na Abergo deste ano, que ocorrerá em Nov. Lá, apresentaremos os principais resultados da Pausa Ativa na prática e divulgaremos nossa ferramenta que apoia ainda mais o trabalho desses incríveis profissionais. 

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