Como o Que Você Come Pode Afetar Seu desempenho

Felizes em poder contar com a contribuição do professor e PHD Daniel Medeiros para enriquecer ainda mais a Pausa Ativa Ocupacional. Medeiros tem uma carreira acadêmica sólida não só nacionalmente, mas com contribuições importantes em estudos internacionais. Além de ser uma pessoa intectualmente admirável, ele é uma simpatia e têm grande experiência em transformar positivamente a vida das pessoas através da Medicina de estilo de vida.
Para comemorar sua chegada, estamos lançando hoje uma série de 6 episódios semanais focada em aprofundar como uma alimentação saudável pode melhorar a performance no trabalho. Não deixe de assinar nossa newsletter para receber em primeira mão.
A Relação Entre Alimentação e Desempenho Cognitivo
Os Melhores Alimentos Para Manter o Foco e a Energia
O Impacto dos Picos de Glicose na Produtividade
Hidratação e Seus Efeitos no Cérebro e na Energia
Como Evitar a Fadiga Pós-Almoço e a Queda no Rendimento
Estratégias Práticas Para uma Alimentação Saudável no Trabalho
Vamos ao primeiro:
A Relação Entre Alimentação e Desempenho Cognitivo
A alimentação desempenha um papel essencial no funcionamento do cérebro e, consequentemente, na produtividade no trabalho. O que comemos influencia diretamente a capacidade de concentração, raciocínio, memória e disposição ao longo do dia. Quando fornecemos ao nosso corpo os nutrientes certos, promovemos um estado de alerta mental e evitamos oscilações de energia que podem comprometer a produtividade.
O cérebro consome cerca de 20% da energia total do corpo, e essa energia vem, principalmente, da glicose proveniente dos alimentos. No entanto, nem todas as fontes de glicose são iguais. Alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares simples causam picos e quedas rápidas na glicemia, resultando em períodos curtos de energia seguidos por fadiga e dificuldade de concentração. Um estudo publicado em 2023 na revista Nutrients destacou que padrões alimentares ricos em bebidas açucaradas estão associados a um pior desempenho em tarefas de tomada de decisão e maior exposição ao estresse. Por outro lado, alimentos integrais e ricos em fibras liberam energia de forma gradual, proporcionando um estado de alerta contínuo e estável.
Outro aspecto essencial da nutrição para o desempenho cognitivo é o consumo de gorduras saudáveis, como as presentes em peixes, nozes, sementes e azeite de oliva. O cérebro é composto por cerca de 60% de gordura, e os ácidos graxos ômega-3 são fundamentais para manter as conexões neurais eficientes e reduzir a inflamação cerebral. Estudos sugerem que pessoas que consomem regularmente fontes de ômega-3 apresentam melhor memória e função cognitiva ao longo do tempo.
Além disso, a ingestão adequada de vitaminas e minerais também influencia diretamente a produtividade. A deficiência de ferro, por exemplo, pode causar fadiga mental e reduzir a capacidade de concentração. Já a falta de vitaminas do complexo B compromete a produção de neurotransmissores essenciais para o bom funcionamento do sistema nervoso.
Outro ponto crítico é a relação entre alimentação e o estresse no trabalho. Alimentos ricos em triptofano, como banana, abacate e oleaginosas, auxiliam na produção de serotonina, um neurotransmissor associado ao bem-estar e à regulação do humor. Já dietas ricas em açúcar e alimentos ultraprocessados estão associadas a um maior risco de ansiedade e oscilações de humor, afetando diretamente a produtividade e a tomada de decisões.
Portanto, para otimizar o desempenho no trabalho, é fundamental adotar uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes essenciais. Escolher fontes de carboidratos complexos, proteínas de qualidade, gorduras saudáveis e manter um padrão alimentar regular pode fazer uma grande diferença na forma como o cérebro funciona ao longo do expediente.
Escrito por Daniel Medeiros
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